domingo, 13 de novembro de 2011

GOVERNADOR DE ALAGOAS TEO VILELA, 'NA MIRA DO TSE'.

 

11/11/2011
Campanha de Vilela gastou meio milhão de reais com empresa de fachada
Odilon Rios
reporteralagoas.com.br

No rastro do escândalo do banco Panamericano- onde o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Luiz Otávio Gomes, é citado em um suposto esquema de caixa 2- as investigações da Polícia Federal- baseadas em relatórios dos auditores do banco- revelaram que a campanha de reeleição do governador Teotonio Vilela (PSDB) gastou mais de meio milhão de reais (exatos R$ 546.973,41) com a Soroimpress- uma empresa de fachada, registrada na Junta Comercial de São Paulo, que não existe e está em nome de duas senhoras de 84 anos.

No site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aparece o registro dos serviços que a Soroimpress teria prestado a candidatos de boa parte do Brasil em 2010. Ao todo, ela faturou mais de dois milhões de reais (exatos R$ 2.601.032.20) prestando serviços de publicidade de materiais impressos, placas, estandartes e faixas a 78 candidatos a governador, senador, deputado estadual e federal de nove Estados e inscritos em dez partidos. Entre eles, a campanha de reeleição de Vilela.

Todos os pagamentos estão especificados como "publicidade por materiais impressos" e foram feitos em cheque, na campanha do tucano.

A Soroimpress Comércio de Produtos Gráficos Ltda - EPP (Empresa de Pequeno Porte), que tem o CNPJ nº 11.886.713/0001-10, está registrada na Junta Comercial do Estado de São Paulo. Consta que ela iniciou suas atividades em 26 de março de 2010 - um mês antes de ser constituída, em 20 de abril.

Em seu endereço, diz que funciona no número 100 da avenida Fúlvio Claudio Biazzi, uma travessa da avenida Ipanema que fica no Jardim Santa Rosa. Há dois anos, a Folha de São Paulo buscou a empresa. E descobriu que ela não existia.

Quanto às sócias da empresa, consta que Ivette Martins Ayres residiria num endereço, onde existe uma farmácia e dela ninguém ouviu falar. A outra sócia, Antonieta Berton Oliveira Pinhal, citou como endereço um condomínio paulista. Aposentada, não sai de casa.

A empresa é investigada pela Polícia Federal. 

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