11/11/2011
Campanha de Vilela gastou meio milhão de reais com empresa de fachada
Odilon Rios
reporteralagoas.com.br
No rastro do escândalo do banco Panamericano- onde o secretário de
Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Luiz Otávio Gomes, é citado em
um suposto esquema de caixa 2- as investigações da Polícia Federal-
baseadas em relatórios dos auditores do banco- revelaram que a campanha
de reeleição do governador Teotonio Vilela (PSDB) gastou mais de meio
milhão de reais (exatos R$ 546.973,41) com a Soroimpress- uma empresa de
fachada, registrada na Junta Comercial de São Paulo, que não existe e
está em nome de duas senhoras de 84 anos.
No site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aparece o registro dos
serviços que a Soroimpress teria prestado a candidatos de boa parte do
Brasil em 2010. Ao todo, ela faturou mais de dois milhões de reais
(exatos R$ 2.601.032.20) prestando serviços de publicidade de materiais
impressos, placas, estandartes e faixas a 78 candidatos a governador,
senador, deputado estadual e federal de nove Estados e inscritos em dez
partidos. Entre eles, a campanha de reeleição de Vilela.
Todos os pagamentos estão especificados como "publicidade por
materiais impressos" e foram feitos em cheque, na campanha do tucano.
A Soroimpress Comércio de Produtos Gráficos Ltda - EPP (Empresa de
Pequeno Porte), que tem o CNPJ nº 11.886.713/0001-10, está registrada na
Junta Comercial do Estado de São Paulo. Consta que ela iniciou suas
atividades em 26 de março de 2010 - um mês antes de ser constituída, em
20 de abril.
Em seu endereço, diz que funciona no número 100 da avenida Fúlvio
Claudio Biazzi, uma travessa da avenida Ipanema que fica no Jardim Santa
Rosa. Há dois anos, a Folha de São Paulo buscou a empresa. E descobriu
que ela não existia.
Quanto às sócias da empresa, consta que Ivette Martins Ayres
residiria num endereço, onde existe uma farmácia e dela ninguém ouviu
falar. A outra sócia, Antonieta Berton Oliveira Pinhal, citou como
endereço um condomínio paulista. Aposentada, não sai de casa.
A empresa é investigada pela Polícia Federal.
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