Lessa vai depor em processo que apura calúnia contra juiz
Ex-governador ficará cara a cara com magistrado que cassou seus direitos políticos e o processou por calúnia, difamação e injúria
DA REDAÇÃO
http://www.extralagoas.com.br/noticia.kmf?noticia=11780833&canal=333
O ex-governador Ronaldo Lessa irá sentar no banco dos réus, dia 2 de maio, às 14 horas, desta vez para depor na ação penal que corre na 2º Vara da Justiça Federal, movida pelo juiz James Magalhães, acusado de corrupção pelo derrotado candidato ao governo de Alagoas. Na época, o magistrado exercia a função de juiz eleitoral, fato que deslocou o processo para a justiça federal.
O processo teve início 2005 quando Lessa acusou o então juiz da 3ª Zona Eleitoral, James Magalhães de Medeiros, de fazer parte de um "mensalão" do judiciário. Pela acusação, o então governador foi denunciado em ação penal por crime de calúnia, difamação e injúria. A audiência ocorrerá na sede da Corregedoria-Geral de Justiça, da qual o desembargador James Magalhães é o atual titular, e deve ficar frente a frente com o seu desafeto.
A pendenga com o magistrado teve origem na cassação do mandato do vereador Paulo Corintho, em 2005, por abuso do poder econômico, o que levou o Lessa a fazer graves acusações contra o juiz, cuja sentença foi depois revista pelo TRE. James Ma-galhães foi o juiz que impugnou o registro da candidatura de Lessa ao Senado, em 2006, por abuso do poder econômico, sentença mantida pelo TRE e pelo TSE por unanimidade.
REINCIDENTE - Vale lembrar que Ronaldo Lessa - réu em dezenas de processos - já foi condenado pela Justiça Federal a um ano e quatro meses de prisão por calúnia, difamação e injúria. O crime: chamar o juiz Celyrio Adamastor Tenório Accioly de "ladrão e corrupto" após o magistrado, então juiz eleitoral, cassar o diploma do vereador Paulo Corintho por compra de votos.
A sentença dada pelo Gui-lherme Masaiti Hirata Yendo, pode ser substituída por prestação de serviços comunitário e reclusão a cadeia aos finais de semana, além de pagamento de R$ 50 mil por danos morais ao magistrado.
Em 2010, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a condenação de Lessa por calúnia, difamação e injúria, desta feita em ação movida pelo desembargador Orlando Manso. A pena: pagamento de R$ 300 mil de indenização, além de prestação de serviços comunitários.
Em entrevista a um jornal de Pernambuco, ao ser questionado sobre suas pendengas com a justiça, Lessa respondeu: "Há dois anos vivemos esse problema com o Judiciário. O presidente do Tribunal de Justiça, Orlando Manso, é um ladrão desavergonhado. Só nesse último episódio ele tirou mais de R$ 3 milhões do estado". E continuou: "ele vai deixar o cargo em fevereiro e, em pleno recesso, está vendo no que consegue meter a mão".
FIM DA HISTÓRIA: LESSA, NÃO SE SABE O MOTIVO, DESITIU DAS DENÚNCIAS, RETRATOU-SE E A INDA FOI CONDENADO A PAGAR PENA NA ESFERA CRIMINAL. MAS, RECORREU E O TRF5 LHE GARANTE A LIBERDADE VIA HABEAS CORPUS.
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