Argentina retira embaixador do Paraguai; Dilma faz reunião de emergência
por JB Online
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, decidiu retirar seu
embaixador do Paraguai, como protesto à cassação sumária do
ex-presidente Fernando Lugo, concretizada na última sexta-feira (22), em
um processo de menos de 24 horas.
De acordo com informações da agência Reuters, a decisão foi anunciada
pelo Ministro das Relações Exteriores Argentino, em um pronunciamento
oficial. O governo de Buenos Aires teria considerado que o processo foi
uma "ruptura da ordem democrática".
"Frente aos graves acontecimentos institucionais ocorridos na República
do Paraguai que culminaram com a destituição do presidente
Constitucional Fernando Lugo e a ruptura da ordem democrática, o governo
argentino decidiu retirar seu embaixador em Assumpção", afirmou,
através de nota oficial, segundo informações da agência AFP.
A presidente Dilma Rousseff tem acompanhado com atenção a situação no
Paraguai. Na tarde deste sábado (23), ela se reuniu com os ministros
Antonio Patriota (Relações Exteriores), Edison Lobão (Minas e Energia) e
Celso Amorim (Defesa) para avaliar a situação no país vizinho. O
governo brasileiro tem especial interesse na situação paraguaia por
conta da parceria na exploração da Usina hidrelétrica de Itaipu.
Dilma ainda não divulgou a posição do Brasil a respeito da mudança de
comando no Paraguai. Até o momento, as autoridades brasileiras afirmam
que o país não tomará nenhuma decisão individual e deve tentar entrar em
consenso com os demais membros da Unasul sobre suaa maneira de
proceder.
O governo de Federico Franco ainda não encontrou respaldo
internacional. Países como Venezuela, Bolívia, Chile, Peru, Colômbia,
Equador, Argentina, Cuba, Guatemala e República Dominicana decidiram não
reconhecer o comando do novo presidente.
Minha Opinião: Ou seja, o Parlamanto fere de morte a garantia do estado de direito. Richard Manso.